Inga edulis Mart.

Ingazeira - Ínga edulis Mart

Ingazeira - Ínga edulis Mart

CARACTERÍSTICAS GERAIS:

As espécies comestíveis de ingá produzem frutos em vagem, grandes e verdes, com sulcos no sentido comprido, que podem atingir até 1m de comprimento. A polpa é branca, levemente fibrosa e adocicada, bastante rica em sais minerais. Em geral, ela é consumida ao natural, pois não se presta a preparações culinárias. Também é usada na medicina caseira, sendo útil no tratamento da bronquite (xarope) e como cicatrizante (chá).

  • Nome popular: ingá-da-praia; ingá-verdadeiro
  • Nome científico: Ínga edulis Mart
  • Família botânica: Leguminosae – Mimosoideae
  • Origem: Brasil
CARACTERÍSTICAS DA PLANTA:
Árvore de grande porte que pode atingir 15m de altura. Folhas divididas em 6 a 8 folíolos presos a uma haste folhosa com pilosidade de coloração ferrugíneo-tomentosa. Flores aglomeradas de coloração branco-esverdeada. Floresce quase o ano todo.
 
FRUTO:
Longo, linear, podendo atingir até I m de comprimento, de coloração verde-pardacenta. Polpa branca, fibrosa que envolve sementes pretas. Frutifica quase o ano todo.
 
CULTIVO:
O cultivo do ingá-cipó se dá por meio de sementes, sendo esta espécie a mais conhecida entre os ingás. Prefere solos arenosos próximos aos rios e apresenta crescimento rápido. Em meio à densa e rica floresta amazônica, onde serpenteiam as águas móveis dos igapós, surgem inúmeras árvores dessa espécie.
 
À beira d’água, os ingás se misturam às bacabas e às touceiras das palmeiras açaí, todas carregadas de frutos. Nas matas de terras firmes, onde árvores gigantescas entrelaçam-se em cipós e raízes expostas, encontram-se diversas outras variedades de ingás.
 
Todo esse cenário é permeado por perfumes inebriantes, magia e silêncio, quebrado apenas pelas revoadas ruidosas dos pássaros.
 
De acordo com Pio Corrêa, o nome indígena “ingá” pode significar “embebido, empapado, ensopado”, talvez devido à consistência de seu arilo, a polpa aquosa que envolve as sementes. Conhecem-se mais de duzentas espécies do gênero Inga, da família das Leguminosas, nem todas nativas da Amazônia, como é o caso do ingá-cipó.
 
Os ingás preferem crescer às margens dos igapós, adentrando as matas marginais dos rios amazônicos. Quando encontrados em outras regiões, são característicos das matas de galeria ao longo dos cursos d’água.
 
O ingá-cipó, assim como outros ingás brasileiros, produz frutos em forma de vagem. Suas vagens são grandes e verdes, destacando-se por atingirem até 1 metro de comprimento sem se romperem. Tal característica, possivelmente devido ao seu formato espiralado e comprido, lhe confere o nome de cipó.
 
Dentro dessas vagens, encontram-se sementes negras e brilhantes, envoltas por um arilo branco, levemente fibroso, de consistência macia e sabor adocicado. Embora a polpa seja nutritiva, o fruto é mais consumido na Amazônia como uma espécie de distração ou passatempo.
 
As vagens do ingá-cipó são amplamente comercializadas nos mercados das cidades amazônicas e podem ser facilmente transportadas da floresta e das áreas de cultivo sem se danificarem.
 
O ingá-cipó é muito apreciado em toda a Amazônia e é frequentemente cultivado nos arredores das habitações e em diversos ambientes florestais. Também é comum utilizar a árvore do ingá-cipó para sombrear cafezais na região.
 
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